Presidente da Câmara de Cabedelo, Edvaldo Neto acumula 11 denúncias graves no TCE e vereadores articulam cassação

 Quem acha que o maior problema para o presidente da Câmara de Cabedelo, Edvaldo Neto (Avante), seria a existência de 11 denúncias graves de irregularidades que tramitam no Tribunal de Contas do Estado (TCE) precisa se atualizar um pouco mais.

Um grupo de vereadores iniciou, nos bastidores, uma movimentação para cassar o mandato do presidente da Casa. E o motivo é simples: não querem uma volta ao passado. Quem puxar um pouco pela memória vai lembrar que, sete anos atrás, nada menos que dez vereadores foram afastados da Câmara de Cabedelo por suposto envolvimento em um esquema de corrupção. Era a Operação Xeque-Mate, do Ministério Público da Paraíba (MPPB), batendo às portas dos parlamentares.

Se os problemas naquela época eram a ramificação do que ocorria na prefeitura, os de agora surgem no próprio Legislativo. A relação das denúncias envolve contratação de serviços por quase o dobro do valor previsto nos termos de referência, sem nenhuma justificativa para isso (já com parecer pela emissão de medida cautelar); dispensa de licitação no valor de R$ 846.094,65 para mão de obra terceirizada, também sem justificativa plausível; farra nas contratações de pessoal e penduricalhos pagos; além da farra das diárias e gastos exorbitantes com assessoria jurídica (quase R$ 600 mil).

O último desdobramento das denúncias foi uma medida cautelar editada pelo Tribunal de Contas determinando a suspensão de um pregão destinado à contratação dos serviços de monitoramento eletrônico. A Corte de Contas deu prazo de 15 dias para que sejam sanadas as irregularidades apontadas, sob pena de multa, conforme publicação no Diário Oficial Eletrônico do TCE.

Ocorre que a insegurança gerada para a Casa tem preocupado os parlamentares. A abertura de processo de cassação, por todos esses fatos, é considerada por um grupo majoritário na Câmara de Cabedelo, que acredita conseguir com facilidade pelo menos 12 votos para bancar o afastamento do gestor. Nos bastidores, eles dizem que não falta motivo para isso.

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