Operação desarticula 'BIG BROTHER' do tráfico em comunidade de Mangabeira, em João Pessoa; cinco foram presos

  Pelo menos seis pessoas foram presas na manhã desta sexta-feira (3) em uma operação no bairro de Mangabeira, em João Pessoa. De acordo com a Polícia Civil, a operação Tornado visou desarticular um grupo suspeito de tráfico de drogas que usava um sistema de monitoramento (BIG BROTHER) por vídeo, com câmeras artesanais, para dificultar a ação da polícia na região. 

A operação aconteceu em uma comunidade conhecida como Rua da Poeira, que segundo o delegado Bruno Victor Germano, é um local de difícil acesso e com apenas uma entrada, onde os suspeitos teriam usado uma casa como ponto de apoio com câmeras e aparelhos de radio transmissão.

“Essa rua é o foco principal da operação, mas há outros mandados sendo cumpridos fora dessa região. Nós conseguimos localizar a residência principal, que era a central de monitoramento, na qual haviam várias câmeras que acompanhavam a entrada da polícia. Foram apreendidos seis radiocomunicadores que eles usavam para informar uns aos outros quem entrava na comunidade, o que dificultava a ação da polícia”, explicou.

A operação aconteceu em uma ação conjunta entre as polícias Civil e Militar e o Corpo de Bombeiros. Até as 6h45, haviam sido cumpridos pelo menos 10 mandados, entre prisão e busca e apreensão. Além das pessoas presas, foram apreendidos equipamentos como câmeras, radiocomunicadores, computadores e televisões, além de drogas, armas, motos e dinheiro.

De acordo com o tenente coronel Benevides, comandante do 5º Batalhão de Polícia Militar, as polícias já acompanhavam a situação na região e sabiam que os suspeitos se aproveitavam do difícil acesso à comunidade para monitorar a entrada e saída de pessoas. Após o levantamento das provas da existência da central, a Polícia Civil conseguiu os mandados de busca e apreensão e prisão e a operação foi realizada.

“Essa central não era usada apenas para monitorar a polícia, mas também a entrada das pessoas na comunidade. Existiam pessoas que ficavam na entrada autorizando ou não o trânsito no local e os carros só entravam com autorização. Além disso, existia aqui uma espécie de serviço de delivery. Quando as pessoas não conseguiam vir até aqui buscar as drogas, eles levavam até os clientes, por isso apreendemos as motos”, completou o comandante.

G1PB

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