GUERRA: Mecanismo usado na Segunda Guerra é reativado e EUA devem aumentar entrega de armas à Ucrânia

 A ajuda militar americana à Ucrânia – de quase US$ 3,8 bilhões (por volta de R$ 19 bilhões) desde o começo do conflito – deve ser facilitada pela assinatura, na segunda-feira (9), por Biden, da “Ukraine Democracy Defense Lend-Lease Act”.

A lei de “empréstimo e arrendamento” (em português) retoma um mecanismo adotado em 1941 pelo então presidente dos Estados Unidos, Franklin Roosevelt, que ampliava os poderes do chefe de estado para apoiar esforços de guerra na Europa.

Presidente dos EUA, Joe Biden, assina o ‘Ukraine Democracy Defense Lend-Lease Act’ na Casa Branca em 9 de maio de 2022 —

“Estou convencido que Putin acreditava que podia acabar com a Otan, acreditava que podia destruir a União Europeia”, disse Biden, às margens de uma operação de arrecadação de fundos políticos, na segunda-feira.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que a adoção da lei é uma “etapa histórica”. “Estou convencido que nós vamos, novamente ganhar juntos. Nós vamos defender a democracia na Ucrânia e na Europa como há 77 anos”, escreveu no Twitter.

A data da assinatura, 9 de maio, coincide com o grande desfile militar na Praça Vermelha, em Moscou, que celebou o 77º aniversário da derrota da Alemanha nazista.

Washington monitora também a indústria russa de armamentos que, segundo o Pentágono, começa a sofrer com as sanções internacionais e tem dificuldades para repor os mísseis guiados utilizados na Ucrânia devido ao embargo sobre as peças eletrônicas que atinge a Rússia.

John Kirby, porta-voz do Pentágono, também garantiu que ucranianos tinham sido enviados “contra sua vontade” à Rússia, mas não informou um número exato. Kiev afirma que 1,2 milhão de pessoas foram deportadas e colocadas em campos.

O Conselho de Direitos Humanos da ONU organizará na quinta-feira (12), a pedido do governo ucraniano, apoiado por dezenas de países, uma sessão extraordinária sobre “a deterioração da situação dos direitos humanos na Ucrânia”.

No mesmo dia, o Conselho de Segurança da ONU deve se reunir pela 16ª vez desde o começo da invasão russa, a pedido da França e do México. A sessão abordará o bombardeio do fim de semana a uma escola no leste da Ucrânia, no qual 60 civis morreram, de acordo com Kiev.

Cerco a Azovstal

O Exército russo “continua a preparar operações ofensivas nas regiões de Lyman e Severodonetsk”, no Donbass, no leste da Ucrânia, de acordo com o Estado Maior ucraniano, acrescentando que os tiros de artilharia e os bombardeios aéreos permaneciam na usina de Azovstal, em Mariupol.

Na cidade portuária no sudeste da Ucrânia, quase totalmente sob controle russo, militares ucranianos, que ainda resistem na imensa usina siderúrgica, descartaram uma rendição.

“Batalhas muito intensas acontecem nas proximidades de Roubjiné e de Bilogorivka”, na região de Luhansk, indicou o governador Sergui Gaidai.

De acordo com o Exército ucraniano, mísseis atingiram a região de Odessa, cidade litorânea ao sul do país, onde sete explosões causaram a morte de uma pessoa e deixaram cinco feridas.

G1

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