Rodrigo Pacheco recebe Lula e Alckmin em almoço na residência oficial do Senado

  O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), recebeu nesta quarta-feira (13) o pré-candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, para um almoço na Residência Oficial do Senado, em Brasília.

A assessoria do ex-presidente não divulgou a pauta do encontro, que também contou com a presença do pré-candidato a vice-presidente na chapa de Lula, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin.

Segundo o líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA), um dos articuladores do encontro, a intenção é de uma "conversa institucional” entre Pacheco e Lula. A bancada do PT no Senado trabalhava desde abril para agendar o encontro.

Ao deixar a reunião, Paulo Rocha destacou que Lula “insistiu” durante o almoço na necessidade de se garantir o pleno funcionamento das instituições e do processo eleitoral.

“Foi mais em torno das preocupações do Lula. Lula colocou a preocupação com o processo eleitoral, mas também sobre o funcionamento das instituições, ppel das Forças Armadas, do Supremo, do Senado. Lula insistiu muito isso, no funcionamento das instituições”, disse.

Segundo ele, Pacheco se comprometeu a “fazer funcionar as eleições com o devido processo democrático”.

O líder da minoria no Senado, Jean Paul Prates (PT-RN), afirmou que Pacheco avaliou medidas para evitar que casos de violência política cresçam durante o processo eleitoral e que narrativas sobre uma “pseudofraude nas eleições” não prosperem.

Rodrigo Pacheco ainda não anunciou qual candidato apoiará na disputa presidencial em outubro. Ele chegou a figurar como pré-candidato do PSD à Presidência, mas recuou da candidatura. O partido, comandado por Gilberto Kassab, deve liberar os filiados para declarar apoios.

No reduto eleitoral de Pacheco, o PSD fechou aliança com o PT em torno da candidatura do ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil ao governo de Minas Gerais.

De acordo com Jean Paul Prates, Lula e Pacheco não trataram de alianças e disputas regionais.

Ao anunciar o encontro na última segunda (11), Pacheco classificou a agenda como algo “natural”.

“Qualquer ex-presidente da República que queira se encontrar com o presidente do Senado, é minha obrigação receber. Então, considero que é algo muito natural. Receberei qualquer bancada que deseje ter esse encontro com a Presidência do Senado”, afirmou.

O encontro com o presidente do Senado faz parte de uma série de encontros de Lula com políticos e autoridades.

No início do mês, ele se reuniu em São Paulo com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa.

O encontro com Lula levou o presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo colocado nas pesquisas de intenções de voto, atrás do ex-presidente, a cancelar um compromisso previamente agendado com o presidente português.

Mobilização de parlamentares

Em Brasília desde a noite de segunda, o ex-presidente tem recebido, no hotel em que está hospedado, parlamentares que integram o arco de alianças de sua campanha à Presidência.

Nesta quarta, Lula participou de um encontro com cerca de cem deputados e senadores em um auditório no centro da capital. Ele discursou por pouco tempo e posou para fotos com os congressistas.

Segundo os participantes, o ex-presidente voltou a pedir para que não cedam a provocações de adversários. A tônica é a mesma adotada pelo conselho político da campanha de Lula e Alckmin na última segunda-feira, um dia após o assassinato de um tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro.

Lula disse ainda que se eleito precisará de uma ampla base de congressistas alinhados para governar.

A poucos dias das convenções partidárias que vão definir os candidatos nas eleições de 2022, o ex-presidente também tem recebido parlamentares em busca de apoio nas disputas regionais.

Um deles, o deputado federal Neri Geller (PP-MT), esteve no encontro geral entre petistas e em uma reunião fechada com Lula na última terça (12).

Ele busca apoio de Lula e dos partidos que integram a base de sustentação da campanha para disputar o Senado pelo estado do Mato Grosso.

Outro que tenta articular o apoio de Lula é o senador Dário Berger (PSB-SC). Ele participou do almoço entre o ex-presidente e Pacheco. Em Santa Catarina, Berger tenta viabilizar o apoio do PT na disputa pelo governo estadual. O PT, no entanto, apoia o ex-deputado federal Décio Lima.

G1/Brasilia

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