Padrasto de Júlia atribui crime a um “surto” e diz que pedir perdão é “o mínimo que pode fazer” à família

 

O padrasto da menina Júlia dos Anjos, Francisco Lopes de Albuquerque, de 34 anos, foi levado para o Presídio do Róger na tarde desta quarta-feira (13). Ele é o principal suspeito pela morte da enteada, que teve o corpo encontrado na tarde de ontem (12), dentro de um poço na Praia do Sol, em João Pessoa. Na saída para a penitenciária, ele falou pela primeira vez com a imprensa e atribuiu o crime a um momento de “surto”.

“Isso pra mim foi um surto que eu tive. E reconheço que foi um surto. Eu sei que a família dela não vai me perdoar nunca pelo ato que eu fiz”, disse.

Questionado se gostaria de pedir perdão à família da vítima, Francisco declarou: “O mínimo que eu posso fazer é isso”. O suspeito passou por audiência de custódia, que aconteceu de forma remota, no fim da manhã desta quarta-feira (13).

O suspeito confessou, antes de ser levado, que cometeu violência sexual contra a menina e, devido a natureza hedionda do crime, ele se encontra separado dos outros presos para que não sofra retaliações e venha a ser linchado pela população carcerária do presídio.

O corpo da menina Júlia foi encontrado, na tarde de ontem (12), em estado de decomposição, boiando em um reservatório de água na Praia do Sol, a cerca de 500 metros de onde ela morava com a mãe e o suspeito, na Zona Sul da Capital. O local foi indicado pelo padrasto após ele confessar o crime à polícia.

Ao confessar o assassinato, o padrasto de Júlia disse que matou a menina por asfixia ainda dentro de casa. O corpo da jovem segue no Instituto de Medicina Legal de João Pessoa. Ele foi submetido a exames para confirmarem a identidade, já que foi estava em avançado estado de putrefação.

O corpo também irá passar por um processo de congelamento – procedimento de praxe quando há a condição de decomposição – antes de ser submetido a exames que possam identificar as causas da morte. Outras análises também devem apurar se houve crime sexual.

Fatopb

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