MPE pede prestação de contas de suposta candidata "laranja" do partido Republicamos da Capital

  O Diretório Municipal do Partido Republicano, de João Pessoa, recebeu um duro golpe nesta segunda-feira, dia 25, do Ministério Público Eleitoral da 1º Zona da Capital. O promotor de justiça Nilo de Siqueira Costa Filho pediu que a ex-candidata Marlene Garla Pereira da Silva, que nas eleições municipais de 2020 obteve “zero voto” apresente sua prestação de contas e  também informe se compareceu a uma sessão eleitoral para votar.

O pedido do promotor de justiça eleitoral foi feito à juíza Claudia Evangelina Chianca Ferreira de Franca, nos autos do processo 0600096-05.2021.6.15.0001, que tem o Diretório Municipal do Partido Solidariedade como denunciante. Com base em jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral, que tem cassado mandatos de parlamentares por candidaturas laranjas, o MPE da 1º Zona Eleitoral de João Pessoa pretende descobrir se o Diretório Municipal do Republicano utilizou “laranja” nas eleições de 2020.

Se comprovada a candidatura “laranja” pelo partido Republicano, o partido poderá perder o vereador eleito Bispo Zé Luiz na Cãmara Municipal de João Pessoa. A acusação do Solidariedade é que a candidatura de Marlene Garla ocorreu exclusivamente para beneficiar o bispo Zé Luiz, dentro da cota de gênero, uma determinação do Tribunal Superior Eleitoral.

Entenda o caso

Marlene Garla, uma das candidatas a vereadora em João Pessoa, pelo Partido Republicano, obteve “zero voto”. O Diretório Municipal do Partido Solidariedade recorreu ao Ministério Público Eleitoral acusando o Partido Republicano de infringir o Codigo Eleitoral. A então promotora de justiça eleitoral Jovana Tabosa decidiu instaurar um procedimento investigatório criminal para apurar o ocorrido, no entando, esgotado todos os prazos, não conseguiu ouvir a principal acusada, determinando assim, que a Polícia Federal instaurasse inquérito policial.

Inquérito policial federal foi instaurado e concluído, porém, o desfecho não agradou o MPE da 1ª Zona Eleitoral de João Pessoa. O promotor Nilo Siqueiro Campos Filho acredita que, após as informações solicitadas que são a prestação de contas e a comprovação de que Marlene Garla compareceu ou não à uma sessão eleitoral para votação, possa dá um parecer mais preciso em relação a suposta candidatura “laranja” do partido Republicano.

BLOG DO MARCOS LIMA

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