Governadores vão ao STF contra lei sancionada por Bolsonaro que reduz impostos sobre gasolina, diesel e gás

  Os governadores se reuniram, nesta terça-feira (22), para discutir uma resposta às recentes mudanças aprovadas pelo Congresso Nacional e sancionadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) que alteram e impactam significativamente a arrecadação dos estados e municípios. Os gestores estaduais, que ainda anunciaram o congelamento do ICMS sobre a gasolina, etanol e o gás de cozinha (GLP), decidiram que irão ao STF questionar a sanção do Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 11/2020, que fixa o valor do imposto  sobre os combustíveis e zera alíquotas de PIS/Cofins para importação de petróleo, diesel e gás.

A matéria era discutida pelo Parlamento desde o fim do ano passado, como uma alternativa para contornar a disparada no preço da gasolina. Justamente pelo fato de promover alterações no sistema tributário e consequentemente na arrecadação dos estados, a matéria enfrentou forte resistência dos governadores durante a tramitação.

Diante da insatisfação com a nova lei, os governadores decidiram recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela derrubada de artigos da matéria sancionada, alegando quebra do pacto federativo. “Vamos pedir ao colegiado para que possa trabalhar as teses para que possamos recorrer ao Supremo Tribunal Federal. Se aprovamos essa lei, abrimos um precedente para que o Parlamento e o Executivo possam alterar, sozinhos, tributos de estados e municípios”, defendeu o governador do Piauí, Wellington Dias (PT).

Os governadores vão questionar à Corte o artigo 7º da legislação, que prevê uma transição para que o preço-base do ICMS incidente sobre diesel e biodiesel em cada estado seja calculado com base na média dos 60 meses anteriores. Atualmente, a base de cálculo é reajustada de 15 em 15 dias.

Tá na Área

Postar um comentário

0 Comentários